Mergulhado na recôndita sombra de ser infeliz,
pavorosos pesadelos sucumbem na mente mórbida,
o entorpecimento temporário dá lugar a calmaria da morte,
cercado de flores brancas ouvi teu pranto desalentado no enterro.
Anoitece,em meu fragmentado coração uma cripta,
vislumbrando as profecias de anjos decadentes espero pela tragédia maior,
acredito no entanto, que todo castigo e tortura já passei,
quando tua ausência recobriu minha morada de teias e solidão.
Estrelas tombam esfacelando a face da terra amarga,
chorando, o aborto vivo apenas arrasta-se inseguro,
o detenho em meus braços, sanguinolentos
e assim o atiro no rio para que as águas levem seu destino como num ritual de purificação.
Anna,sim,ainda a procuro,
tão bem oculta neste vasto mundo sofrível,
no rosto que descontrolado contorcido em espasmos sorri,
revelando longos caninos brancos engano-me,
Onde está ? respostas vazias apenas confundem-me,
a felicidade deve também ter perecido é o que concluo,
deixarei então que descanse em paz.