Via a lua em transe por sobre os montes,
depois de namorar o sol e beber na fonte,
delicias de amor sem igual, mirabolantes!
Quase por derreter-se, saciada, estonteante!
Era como se visse um sorriso disfarçado,
num canto da sua boca discretamente esboçado,
de alguém que amou sofregamente, apenas, por amar...
sem nenhuma ilusão, deixou-se, tão somente, se entregar...
Em artimanhas de idas e vindas aos hemisférios,
onde se cruzam as vontades e a luxúria dos corpos,
celestiais caminhantes do espaço em movimento,
Brincam de tecer um não sentir que é mais que alimento
De um sentir que não se tece - alimenta, pois, vivos e mortos!
Tecendo com vontade, o sentir maior, de todos os mistérios!
Vidas carnais-espirituais a se tocarem, em outras dimensões!