Meu chamado no corredor vazio,
desesperado,
evocando o frio maligno da noite de Satâ,
libertou o ultimo dos pesadelos vivos
quando a lágrima de santo profano escorreu amarga na face e tua presença era apenas desejo.
A ausência interminável que cedia minh`alma
ao refúgio dos supostamente covardes e insanos,
sorriu zombando da dor que consumia as últimas forças com a esperança apodrecida de recomeço.
Brutal, reagi despertando,
permitindo que a realidade inundasse meus poros
e transbordasse na poça de sangue
que tinge minhas pegadas,
por todas as horas,já são tantos dias,
de olhos bem abertos ou pertubado cochilando,
deixar de pensar em ti,inconformado,
é sonho de ópio mais que irrealizável.
Recusando o esquecimento,optando pelo fim,
essa obsessão que eu não desfaço,
esmorece minha vida, deixou em pedaços
qualquer vestígio de felicidade,
Anna, redimistes meu espírito e agora que o leve
através deste amor impossível,
que guarde cada verso,eternize cada lembrança e gesto deste terno admirador suicida.