Poemas : 

falso poeta falso

 
Transmito o egoísmo doutro,
transcrevo-o e o narro,
esse outro que me imita e plagia.
Encontro
nesse facis o verbo e a sombra,
com os quais me escondo do Sol,
embora ele sempre me encontre.
Dou recado à sua presença,
na esperança de mais um fonema
e dou por mim a falar sozinho.
Copio-me.

Tenho de parir mais um verso
e, em cada contracção,
respiro devagarinho e sopro velas
que se apagam, que se queimam.
No momento da expulsão
o sangrento verso não chora,
somente expele mecónio.
Cada palavra arrancada a ferros
sai deformada.
A hipóxia fez-me perder o dia,
fecho as pernas.

O plástico das minhas mãos,
prótese alfabética,
retorce-se na fruta que não consigo trincar,
as flores que não têm cheiro,
nos manequins nas lojas que não riem;
e nos poemas que escrevo
com a mesma marca falsa
que sinto ao não sentir
e invento
hipócrita e baixinho.

Poeta?


Sou fiel ao ardor,
amo esta espécie de verão
que de longe me vem morrer às mãos
e juro que ao fazer da palavra
morada do silêncio
não há outra razão.

Eugénio de Andrade

Saibam que agradeço todos os comentários.
Por regra, não respondo.

 
Autor
Rogério Beça
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/05/2023 23:20  Atualizado: 13/05/2023 23:20
 Re: falso poeta falso
.


Aquele que plagia a quem admira se perde quando não percebe que o plagiado mudou de direção.

É seus poemas uma oportunidade, abraços.

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 14/05/2023 04:11  Atualizado: 14/05/2023 05:45
 Re: falso poeta falso
O resolver de MERDAS antigas

Posso morrer
morto
não te quero à perna


Um dia
Após 2 horas de colheitas de sangue
passei à fase seguinte:

Centrifugação do mesmo
para posterior
evento.

(Obter o plasma)

para dar lugar à
orquestração das
misturas ácidas

(Sem as quais não se
consegue)

Ao tempo o modus
Operandi impunha-
nos pipetar.

Explico:
Sugar o sangue
E explir o dito.
Por isso, um dia troquei as voltas e vai
daí meia pipeta goela
abaixo.

Bem...
Não se sabia se o ou
a
tinha alguma doença
Infecciosa.
Não liguei, deixem
a preocupação para
mais tarde.

(Não vale a pena
sofrer por antecipação)

No final
obtido o resultado
verifiquei que o dito
Prá'lém do susto,
confesso, era aveludado como algo
que nunca tinha
bebido.

Não virei vampiro
passei incólume
pela experiência
sem vontade de beber
mais.

Fazer análises
isto é:
Quem as faz
e para quem as ouve
parecem todas saídas
do mesmo do local
e faladas pelas mesmas pessoas.

NãO SÃO - PONTO

O teu companheiro
inspirador

(Refiro-me ao poeta
Baixo dos teu escritos)

Foi um gajo porreiro
e esperto "bebe-lhe"
as palavras.

Quanto à minha, que até te estimo e com jeito
prás coisas que
em tua opinião, não.

Bem...
O mundo não nasceu
por ti nem por mim.
Nasceu porque sim
(merdas do acaso)
embora contem âs
pessoas outras
patranhas.
São negócias
altamente rentâveis
Para mais
Isentos de impostos
Que maravilha rece-
bendo, ainda, de volta.

(Quero um desses)

O meu "jeito" é
comumente a restauro, desenho,
alguma escultura,
espetar pregos, ás x
"Foder" a cabeça aos que me são muito próximos.

Participel em centenas de fórmulas
farmacêuticas e de certa maneira
para dizer ser um
palerma com 9 ofícios.
Por tudo isso e mais
alguma coisinha.
Gosto de pensar e decifrar quebra cabeças.

Reflete e pensa que por aí
haverão (outros bruxos)
entre aspas
de coisa nenhuma
entre aspas
Como tu e eu
entre aspas

OK

Nota:
Mais tarde
Para descarte
colhi sangue a mim
mesmo
e providenciei fazer
verificação adquada
da (in)consequência do
acto.

Segunda nota:
Com tantas notas
vais ficar rico.

Vai á publicacão de
"Lud"
entre aspas
Uma vez mais
fantástica e reflexiva
no que publica
"Vê o que eras e todos nós"