Poemas : 

INCÊNDIO

 
A lânguida luz do sol na janela
Convida cândida à preguiça.
Num céu de manhã domingueira,
No farfalhar do jornal na cama,
Minha libido que sua presença atiça
Acende em mim sua tórrida chama.

E faz-se o incêndio do meu amor por ela,
Que sem pressa e em silêncio a nós dois incinera
Feito lenha seca na fogueira.
E depois, ao vento, leves como cinza,
Sob a luz de um sol de primavera,
Adormecemos nus em minha cama.

Despertando então, quando à tardinha chama,
Sob o apelo do apetite,
Notando que uma brasa ainda insiste,
Novamente tudo se inflama.


Frederico Salvo.


Direitos efetivos sobre a obra.
http://pistasdemimmesmo.blogspot.com/

 
Autor
FredericoSalvo
 
Texto
Data
Leituras
937
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Ledalge
Publicado: 25/06/2008 19:01  Atualizado: 25/06/2008 19:01
Colaborador
Usuário desde: 24/07/2007
Localidade: BRASIL
Mensagens: 6868
 Re: INCÊNDIO
POEMA BEM INTERESSANTE. GOSTEI, FRED. BEIJOS