PARA QUIDAN
O navio que perdi em alto mar,
Nas correntezas das dores em bruma
Fez-me intensa, como a indomável luma!
Das paixões, que se ergueram no amar!
Vago tão leve em noites de lua!
E nem as visões distorcidas da saudade,
Tidas como feras quentes de Marte...
Hão de romper minhas coronárias nuas!
E no olhar do mirante destino;
Aprendi a colher mil flores sem espinhos!
Como a doce brisa que me faz sonhar...
Como a branca areia que beija a escuna,
Sonhos são sonhos no clarão da espuma!
Quero, pois, a minha alma levitar!
(Ledalge, COMO O LEVITAR NAS BRUMAS)
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)