Sonetos : 

SEDAS RUBRAS

 
O sabor do mel das palavras que escorrem,
Das bocas pálidas dos desesperados...
São como pirâmides que se movem,
Nas sobrancelhas dos atalhos!

Teu retrato já luziu meu mundo;
A ponto de, me levar à loucura!
Longe de ti, poeiras e imundos,
Vão teus anéis e tuas curas!

E os meus dedos ficaram intactos,
Pra fazer amor nas teclas puras,
Dedilhando meus reais momentos...

Toco meu corpo no vazio do tempo!
E as minhas saias de sedas rubras
Caem suadas nos trópicos impactos!


(Ledalge, SEDAS RUBRAS)


"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)

 
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Ledalge
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 25/06/2008 00:14  Atualizado: 25/06/2008 00:14
 Re: SEDAS RUBRAS
"teu retrato já luziu meu mundo"
Bastaria este verso, se as "sedas rubras" não vieste a enebriar-me
parabéns!
Dill


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 25/06/2008 01:47  Atualizado: 25/06/2008 01:47
 Re: SEDAS RUBRAS
Sem palavras para uma peça que se faz porta voz ao meu coração para aquilo que já foi dito, e que orgulhosamente escrevi: Seu canto vai pelo onírico, pelo metafísico, pelo surreal e pela incontinencia verbal e lírica. Beijos e saudações, Godi.


Enviado por Tópico
quidam
Publicado: 25/06/2008 12:49  Atualizado: 25/06/2008 12:49
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Usuário desde: 29/12/2006
Localidade: PORTIMÃO
Mensagens: 1354
 Re: SEDAS RUBRAS
Núria, peço-te, suplico-te... ensina-me, ensina-me como tu sentes a escrita tão bem assim... eu também queria "Tocar meu corpo no vazio do tempo" e ser a Núria noutro momento...