A falta de visão é que me trouxe melancolia
O excesso de sonhos é que me trouxe a poesia
Amor questionável por momentos breves
Nada é decifrável são apenas sonhos leves
Neves que congelam-me o coração
Síndrome de poeta que aumenta a pulsação
Escrita genuína não deixa que o coração pare
É quente é calor é chama que no chão arde
É rápido é contacto é colapso no acto
Por culpa de um Homem que quebrou todo o pacto
Prioridades são confusas na pele que abusas
Usas sentimentos quando não me recusas
Sou intruso e não abuso do meu corpo sujo
Não sou intrujo não burlo sou poeta luso
Fujo da negação da acção sou limpo e límpido
Quando entro para dentro de ti com um toque rígido
Desculpas são bravas e consumadas
São batalhas que tu travas quando dizes que me amas
Não é falso não é mentira
Por mais que não queiram sentiram sempre a minha ira
Fira a mente derrepente num sentimento tão diferente
Eu sou diferente não compreendes por mais que eu tente
Farto do abstracto quero passar para o concreto
Pouco dialecto mais acções mesmo não sendo certo
Peso na cabeça orientado pelas tonturas
Sou mais forte que as tuas previsões futuras
Respirações nulas tabaco infiltrado
Fumo branco que respiro para ser mais rápido
Olhar sobre mim mesmo mão na testa
É um teste que atesta sou só a alma que resta.
Nuno Ribeiro