Dispo-me quando escrevo
As palavras que são minha roupa de disfarce
Verdade feita poema
Na linha ténue do ecossistema
Dispo-me porque sei que transpiro
Porque sei que sonho
Visto-me porque sei que te inspiro
No teu poema medronho
Neste equilíbrio de corpo e mente nus
Faço a correr a tua praia de encantos
Visto e dispo a roupagem na duna
Oiço e leio o que escrevo
Vãs palavras, má fortuna