Poemas -> Reflexão : 

Espiral do tempo

 

Porque existo, permaneço, subsisto?
Que móbil, origem ou gérmen é este que me prende
À vida, à existência, mesmo em estranheza e assombro
Como se nunca tivesse pertencido aqui!
Porque me perco em tudo observar, tudo questionar
Porque não posso eu ser simplesmente
Alguém que mora num recanto aconchegado
Protegido de guerras e injustiças!
Porque se afastam os vultos, qual silhuetas nas trevas
Ou sou eu que me distancio, do negrume qual insanidade?
Estou condenada na espiral do tempo!?
Estigmatizada desde o além mundo
Não há retorno!
É uma jornada, uma viagem só de ida
Expedição de aprendizagens em intuições de múltiplas perspectivas
Em direcção a outro limiar, qual entrada em ondas cósmicas
O tempo não é linear onde tudo está como deveria estar!
Não é circular como uma serpente que morde a própria cauda
E em que tudo se poderia repetir ciclicamente.
É uma espiral de energia em que cada momento e circunstância
Subsiste hodiernamente
E as dádivas afirmam-se inexoravelmente
De forma implacável impele-nos a optar, a decidir
Então onde se escondem os que nos devem assistir?
Onde estão os companheiros de viagem
Da navegação pelos confins dos tempos?
Por onde andam os Seres Humanos?

 
Autor
AnaMariaOliveira
 
Texto
Data
Leituras
764
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.