não é um pesadelo, amor. não é um pesadelo quando te digo que cada vez que abro os olhos me esqueço mais um pouco de ti.
crescem novas flores no MEU horizonte e, quando te fores embora, não te esqueças de levar uma delas para te lembrares sempre de mim. não plantes nenhuma das tuas, amor. não quero que o MEU horizonte deixe de ser só MEU.
não quero que marques os MEUS passos nesse caderno onde registas as palavras que te ensinei a escrever, nem que faças desenhos da MINHA voz a deambular nas tuas orelhas sempre que te recitava uma poesia daquelas que a paixão nos obriga. foi só paixão, amor.
não me obrigues a mandar-te embora enquanto finges que não me percebes, este espaço é MEU.
só te peço uma coisa, quando pedir para voltares, volta. trás o TEU jardim e a flor que levaste do meu.
les fleurs mortes.