Colheita de algodão.
Dos meus quinze aos dezoito anos de idade,
Levantava cedinho e montava no caminhão,
Que seguia pelas estradas batidas de terra,
Até chegar onde haviam plantios de algodão.
Quando finalmente, chegava-se às lavouras,
O que se contemplava era uma só branquidão,
Que mais parecia um lençol bastante extenso,
Que a natureza havia estendido sobre o chão.
Eu sempre colhia um algodão muito limpo.
Pois tirava todas a impurezas, com as mãos.
Motivo pelo qual pouco algodão eu apanhava.
Quando chegava à tarde, o algodão se pesava
E para mim era sempre uma grande decepção,
Porque dos cinqüenta quilos nunca passava.
Maringá, 03.06.07
verde