Não sei porque me dei,
Não sei porque arranquei em velocidade até junto de ti
Só sentia que tinha que te ter diante de mim
De sentir o teu calor e a tua alma
Queria descobrir os teus medos, mas também os teus vícios
Queria confirmar o teu entusiasmo pela vida, a tua crueza
A tua arrogância e rebeldia nas palavras
E então, o teu vigor invadiu-me, e senti as forças enfraquecerem em mim
O pouco que foi para ti transformou-se em muito para mim
Sempre intocável no tempo!
Sempre afastando-me
Por não existir ninguém que me enchesse o espírito e os sentidos!
Dou por mim beijando o teu rosto, os teus olhos, o teu pescoço
Numa ânsia louca de te envolver
De tocar a tua pele
E tudo fazia sentido
E as mãos que se tocavam, acariciavam…
E um esforço de gigantes para me desprender
De partir, de me ausentar, quando o que queria é que o tempo parasse por ali
E permanecesse em ti.
Na tua pureza, na tua frontalidade!
Esquecendo conflitos e idade.