EM TEMPO DE MAGUSTOS
Crepita a fogueira de achas e seca caruma
No souto ecos soltos, ao vento na tarde fria
O assar da castanha na brasa que fuma
Paparica-se o manjar com a doce jeropiga
No remanso da vindina e a nova sementeira
O podar da vinha, no apanhar da castanha
Fazer magustos nos serões ao redor da lareira
Recolher os frutos d´Outono, o rachar a lenha
Quando a neve cobre os penhascos serranos
A arca está cheia de frutas secas em taleigadas
Para as consoadas e convivas do final do ano
Em tempo de magustos EM TEMPO DE MAGUSTOSa leda e viçosa gente moça
Cantam toadas em festejo estouram risadas
Armam ruidosa roda com gabo, desafio e troça.
AJL
O existir tem fundamento quando o olhar tem a expressão de um sorriso e nos abrimos á continuidade da vida