Sonetos : 

Que se dane o lirismo tão babaca

 
Que se dane o lirismo tão babaca
Da moça que se mostra delicada,
Pensando ainda em príncipes e fada
Levando para o brejo, boi e vaca.

Enquanto no passado ela se empaca,
A mula do futuro não diz nada,
Vencendo cada nova madrugada
Não sente do poeta, a sua inhaca.

Arrancando meus olhos, tiro a roupa,
Nem mesmo uma ironia ainda poupa
Aquele que tentou ser mais discreto

Porém o verso amargo deu seu jeito
E agora que este sonho está desfeito
A crua realidade do concreto.
 
Autor
MARCOSLOURES
 
Texto
Data
Leituras
826
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.