O don de não amar esta ligado a pureza
Tristeza que se emana com a minha certeza
É certo que o sentimento eu afogo-o em álcool
Natureza natural forte quente como o sol
Sou gelo mas queimo como o fogo
Sinto-me frio sombrio por dentro do corpo
Morto interiormente que me suaviza
Penumbra do amor que desaparece com uma breve brisa
Loucura que me trás uma enorme secura
Segura esta vida bebido sem brandura
Vivido dividido entre o amor e ódio
Don da escolha do não sentir em nome de código
Tu don louco num futuro tão incerto
Desperto o correcto do coração pouco aberto
É ferro é de aço agora também é de pedra
Nega a espera do amor que não me afecta
Demência que me faz bem e me faz voar
Eu quero dependência deste don de não amar
Carência do amor que me liga a poesia
O don de não amar esta sempre presente como magia
Solitário condenado a eterna solidão
Tenho o don de poder prender o amor apenas na mão
É o don de não amar
Nuno Ribeiro