Deixem-me navegar para além do tempo
Permitam que a minha energia
Flutue nos confins do universo
Mesmo que seja frio, mesmo que seja escuro
Consintam que vos transmita
Umas palavras de apreço
De regozijo
De júbilo
De aprazimento
Por quem sois
Pela veemência duma vontade que teima em se erguer
Cada vez que tomba
Nas contradições da vida
Nos conflitos eternos
Numa determinação cega
Qual animal ferido
No meio da hecatombe…
Para aqueles que escutam
Através do silencio
O meu coração
Que reconhecem os códigos e os sinais
Para aqueles que auferem o meu abraço à distancia
E de quem pressinto o retorno
Que alcancem a plenitude da dádiva que é a vida.