ALMA
(Davys Sousa, 17 de Junho de 2008)
Minha alma não se cansa de sonhar,
Vive sempre atordoada e perdida,
Em impessoais transfusões de pensamentos
E desejos tão volúpicos e sombrios.
Que pernóstico!
Minha alma é vazia e banza e silente,
Traz consigo as cinzas de um alguém
sem esperanças.
Que tédio a vida enferruja meu ser
E o gosto anacrônico do que resta
No sentimento de viver!
Que ser taciturno regressa-me a alma
Num profundo desolamento.
Minha alma!
Um poeta indiferente a toda minha enlouquência!
Davys Sousa
(Caine)