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MariaJoséLimeira | Publicado: 17/06/2008 01:26 Atualizado: 17/06/2008 01:26 |
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Re: Mais! - Parceria: António Aleixo & Maria José Limeira
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ANTONIO ALEIXO & MARIA JOSÉ LIMEIRA Eu não tenho vistas largas nem grande sabedoria, mas dão-me as horas amargas lições de filosofia. (Antonio Aleixo) A filosofia vã cai no chão e se espatifa. A vida sem amanhã não tem nada, só cafifa. (Maria José Limeira) Mentiu com habilidade, fez quantas mentiras quis. Agora fala verdade, ninguém crê no que ele diz. (Antonio Aleixo) Quem mente uma vez distorce. Na segunda, quebra a cara. Toda mensagem é Morse. E toda beleza, rara. (Maria José Limeira) Uma mosca sem valor poisa, co'a mesma alegria na careca dum doutor como em qualquer porcaria. (Antonio Aleixo) Não sei por que tanto orgulho. Não sei pra que tanta empáfia. No feijão ruim tem gorgulho. E na Itália tem Máfia. (Maria José Limeira) Vós, que lá do vosso império, prometeis um mundo novo, calai-vos, que pode o povo qu'rer um mundo novo a sério. (Antonio Aleixo) Mundo velho, pervertido. E mundo novo, quimera. Tanta mulher sem marido. E tanta mentira vera. (Maria José Limeira) Que importa perder a vida em luta contra a traição, se a Razão, mesmo vencida, não deixa de ser Razão (Antonio Aleixo) Quem perde a vida: mortal. Quem perde o trem: desonera. Toda música: triunfal. E toda sogra: megera. (Maria José Limeira) Inteligências há poucas. Quase sempre as violências nascem das cabeças ocas, por medo às inteligências. (Antonio Aleixo) Tantas mediocridades geram distúrbios, confrontos. Violência nas cidades: muito medo em contrapontos. (Maria José Limeira) P'ra a mentira ser segura e atingir profundidade, tem de trazer à mistura qualquer coisa de verdade. (Antonio Aleixo) Quem mente conta até sete. Quem fala verdade amarga. A mentira tem confete. E a verdade, descarga. (Maria José Limeira) Sei que pareço um ladrão, mas há muitos que eu conheço que, não parecendo o que são, são aquilo que eu pareço. (Antonio Aleixo) Passou o tempo de ontem. Ladrão não anda descalço. Pois agora (nem me contem!) corrupto é honesto falso. )Maria José Limeira) Os poetas e os heróis, que entre nós são destacados, são tal qual os rouxinóis: não precisam cultivados. (Antonio Aleixo) Os poetas são banais. Os rouxinóis, cantadores. Heróis se dizem os tais dos mais felizes amores. (Maria José Limeira) Não sou esperto nem bruto, nem bem nem mal educado. Sou simplesmente o produto do meio em que fui criado. (Antonio Aleixo) Não concordo com assertiva do clichê inexorável. Pode nascer sempre-viva na lama mais deplorável. (Maria José Limeira) |
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