Velejar pra ver o mar ao céu se ligar
trazer das nuvens o pensamento dela
amor vivido no peito contido a dizimar
subir na vela e lá de cima gritar por ela
Apenas o eco do grito por fim escutar
saudade demente, insana a deglutir
a dor entranhada no peito a dilacerar
amor indecente, vingativo a consumir
Consumir de saudade que tenho dela
afastada de mim por um mar de amor
feito de brisa e vento nessa aquarela
Ondas gigantes em açoite causam dor
Lembranças enraizadas, vistas da janela
saudade maldita consume meu pudor
Meu brio lateja, que fazer, se há amor?