Brisa ligeira no rosto, será o vento do norte?
A passagem no túnel do tempo que em mim renovo,
Um abraço à ilusão de ter uma alegria que me comforte...
E alegro-me com a poesia, pois é tudo o que tenho,
Debruço-me sobre livros vazios, que aos poucos preencho,
Nas páginas da vida, o amor, tornou-se um novo desenho...
Pinto-me no fim, alheio ao tempo com magestosas cores,
águarelas de luz radiosa espelhadas no rosto da alma,
linhas contínuas divulgadas a carvão, apagam o negro das dores...
Os contornos enaltecidos da ventorosa sorte,
Repartem-se por entre a enternecida alma e o corpo,
Brisa ligeira no rosto afagado pela brisa do norte...
Paulo Alves