Poemas : 

OS ÓCULOS DE DRUMMOND

 
Roubaram os óculos de bronze da estátua
De Carlos Drummond de Andrade
Na praia de Copacabana no Rio de Janeiro.
Fiquei a pensar com meus botões:
Que serventia teriam esses óculos a um cego?





30 de maio de 2008.



Frederico Salvo


Direitos efetivos sobre a obra.
http://pistasdemimmesmo.blogspot.com/

 
Autor
FredericoSalvo
 
Texto
Data
Leituras
1494
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
3 pontos
3
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
reginamariareis
Publicado: 16/06/2008 01:26  Atualizado: 16/06/2008 01:26
Muito Participativo
Usuário desde: 25/05/2008
Localidade: São Paulo
Mensagens: 54
 Re: OS ÓCULOS DE DRUMMOND
P/Frederico Salvo

Que "curtinho" mais inteligente!
Também muito criativo, Frederico!`
Parabéns!
Regina Reis

Enviado por Tópico
Alberto da fonseca
Publicado: 16/06/2008 09:06  Atualizado: 16/06/2008 09:06
Membro de honra
Usuário desde: 01/12/2007
Localidade: Natural de Sacavém,residente em Les Vans sul da Ardéche França
Mensagens: 7080
 Re: OS ÓCULOS DE DRUMMOND
Servia por se fazer passar por De Carlos Drummond, mas só nos óculos
Muito bom
Abraço amigo
A. da fonseca

Enviado por Tópico
Julio Saraiva
Publicado: 16/06/2008 20:37  Atualizado: 16/06/2008 20:37
Colaborador
Usuário desde: 13/10/2007
Localidade: São Paulo- Brasil
Mensagens: 4206
 Re: OS ÓCULOS DE DRUMMOND p/Frederico Salvo
Caro Fred,

Não faz mal nenhum o roubo dos óculos do Poeta. Nem em vida, talvez, precisasse deles, a não ser para caminhar, ler os out-doors nas ruas e ver as pernas das mulheres que passavam e ainda passam pela avenida Nossa Senhora de Copacabana. O cego que os roubou nunca leu Drummond, nem mesmo o cartaz "escrito em cada consciência que diz que neste país é proibido sonhar." O cego que roubou os óculos do Carlos esqueceu de levar também as dentaduras duplas, aquelas que o Poeta não teve a calma de Bilac para merecer. De uma estrela qualquer, Carlos se ri todo. Ele também não tinha vocação para estátua. E esta nada mais é que uma pedra no meio do caminho.

Abraços,

Júlio