Que todo o homem se junte a uma só voz,
Num grito silente de músculos e de braços,
Que essa voz cortante seja a de todos nós,
Contra os opressivos e fúteis embaraços.
Que o amor vingue nos prédios e nas ruas,
No trabalho, nas fábricas e nas casas,
Que as nossas mãos não vão mais nuas,
Contra o patronato que nos corta as asas.
Gritando aos ventos sair de pendão na mão,
Contra toda e qualquer opressão,
Que nos querem impor e à nossa liberdade.
E de nervos e de músculos se faria a terra,
Plantando árvores e a seara que encerra,
A nossa força de encontro à imunidade.
Jorge Humberto
23/02/07