Quando eu entrei na escola primária, no ano de 1960, havia apenas um ano que tinham sido extinguidos os castigos mais drásticos, como ajoelhar encima de grãos de milho ou de tampinhas de garrafas de refrigerantes. Até o ano de 1959, ainda existiam estes castigos nas escolas da pequena cidade onde eu comecei meus estudos.
Quando iniciei os meus trabalhos no Banco do Estado do Paraná, em setembro do ano de 1974, fazia apenas três meses que os lançamentos em contas correntes eram processados por computação, visto que até pouco tempo antes todos os lançamentos em conta corrente eram feito manualmente através de uma Máquina que no momento me foge o nome, mas que tinha um carro de mais de um metro de comprimento. Para fechar estes lançamentos do dia, em várias ocasiões um ou dois funcionários ficavam até de madrugada, visto que por muitas vezes os lançamentos não batiam, principalmente quando um caixa esquecia-se de anotar, à caneta, algum cheque ou depósito em contas correntes dos clientes.
Quando nasceu minha primeira filha em 1974, foi um dos primeiros anos que aqui nesta cidade de Maringá se fazia o exame de ultra-sonografia, para se saber o sexo da criança, mesmo antes de seu nascimento. Talvez se nascesse seis meses antes não dariam para se saber.
No ano de 1962 em que meu pai comprou o seu primeiro Rádio Receptor, foi o ano em que foi inventado o transistor, portanto já podia funcionar com pilhas pequenas de lanternas. Se tivesse comprado este rádio três ou quatro meses antes, teria sido com válvulas, que usava aquelas pilhas enormes que pesavam quase dez quilos.
Teria outras coisas para contar sobre coisas que só aconteceram quando eu passei "a ser gente" que algum dia eu vou descrevê-las, mas por enquanto quero dizer que não vi o dilúvio, mas quase pisei no lodo deixado.
Maringá, 14.06.08
verde