Santo Antônio.
Na véspera de Santo Antonio, no tempo da roça,
Sempre havia algum terço lá naquela redondeza.
As mocinhas então grudavam velas nos mastros,
Que conquistariam namorados tinham certeza.
Quando se levantava o mastro, rojões explodiam,
Iniciava uma procissão lá pelas casas vizinhas.
Depois o terço a Santo Antônio, então se rezava,
E servia-se quentão, amendoim e paçoquinhas.
Nesta noite as crianças soltavam as bombinhas.
As mocinhas conversavam com seus namorados.
Os velhos falavam das notícias do Repórter Esso.
As moças até dependuravam a imagem do Santo,
Com uma corda, lá nas profundezas de um poço
Para que seus casamentos lograssem sucesso.
Maringá, 13/06/2007
verde