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RUMO AO CREPÚSCULO

 
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RUMO AO CREPÚSCULO



Outrora eu pensava ser d’ouro minha jangada:
Ao lançar meus olhos em direção á gradativa e fátua linha do horizonte,
Vislumbrava lufadas de auspício do futuro, não muito ao longe.


De súbito, o rutilante sol do altruísmo
Pairava-me sobre a alegre mentosfera onírica,
Seara onde vicejava e desabrochava
A indestrutível flora da luta pela Justiça.



Outrora eu pensava ser capaz a minha jangada
De seguir incólume a centelha que asfalta o itinerário do oceano de flores da isonomia,
Suplantando as intempéries do mar fingidamente fugidias
Que a resplandecente fonte do estio esconde em sua íris ígnea



Afinal, de espólio do casulo tornei-me antrópica abelha:
E ao me torná-la, a opacante mão da languidez autoritária
Transformou em transatlântico de ouropel a minha aurífera jangada!



JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA
 
Autor
jessé barbosa de oli
 
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 13/06/2008 23:59  Atualizado: 13/06/2008 23:59
 Re: RUMO AO CREPÚSCULO
Boas imagens poéticas, que, apesar do texto soar um pouco prolixo em determinados pontos e algumas palavras ficaram alegóricas demais para o poema, porém este aspecto não faz o texto perder a unidade e nem por isso se torna menor.

Saudações de Godi.