Noite, sozinha distraio-me com a lua
uma estrela cadente vejo ali passar
todos dormem – sinto esta saudade nua
transmutando meu corpo sem me consultar
Presente em meus conflitos só tu O’ lua!
ouves meus desalentos sem reclamares
faze-me carinho não és rude nem crua
embalas-me enquanto estou nos ares
Que meu sentir seja uma terna oblação!
teu zelo ameniza minha agonia
guardo de ti carinho, amor e afeição!
Quero sempre na vida a tua companhia
teu afagar vem alentar meu coração
escuta – sem censurar minha teimosia
A calma vem – sono chega – é outro dia!