Nesse vasto mundo
Onde titânicas pretensões se fazem necessárias,
Muitos sucumbem meninos;
Conscientemente, vezes várias.
Recusam-se ao gosto acre,
À estupidez do acúmulo.
Chamam-lhes inocentes
Os titãs de aquém-túmulo.
Aportam-se, pois, nas coisas da alma,
Criancinhas renitentes
Tirando leite de pedra.
Contra a maré, mas com calma
Vão remando os inocentes,
Sempre à jusante do rio;
Hirtos, cansados; Porém, contentes;
Caminhando em bambo fio.
Contra as marolas da vida,
Insistentes prosseguindo
E o mundo que lhes condena,
Titanicamente sucumbindo.
Frederico Salvo