Sirene.
Naquelas décadas de cinqüenta e de sessenta,
Havia uma serraria em minha pequena cidade
Que tinha uma sirene que se ouvia muito longe,
Num raio de seis quilômetros nesta localidade.
Às dez horas da manhã, tocava para o almoço,
Às onze para que então, se voltasse ao trabalho,
Às duas horas da tarde, sinalava a hora do café,
E as duas e trinta, para encerrar este intervalo.
Na roça, se sabia as horas certas por esta sirene
E muitas vezes também todo o povo se orientava
Naquele sinal, para se fazer as refeições diárias.
Talvez nunca o dono daquela pequena serraria
Soube que aquelas fortes sinalizações sonoras,
Como orientação aos roceiros, fossem necessárias.
jmd/Maringá, 02.10.07
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