São dois mundos claramente distintos
A conviverem em meu peito, ardentes.
São duas metades tão diferentes
A sobrepujarem os meus instintos.
Uma é a face que te tem presente,
Que matiza os meus sonhos de cores;
A outra, guardiã das minhas dores,
Desenha a solidão à minha frente.
Eu vou seguindo adiante, dividido;
Vivenciando ora uma, ora outra,
Numa ciranda girando inconstante.
E vou agora num soneto perdido,
Tecendo versos de maneira solta;
Sem saber o que sentir nesse instante.
Frederico Salvo.