Me apercebi tão tarde, que não podia viver sem ti,
Sinto-me uma marioneta, apenas movido por cordeis de dor,
E mal vivo! Junto ao amor quantas vezes em mim morri?
Me apercebi tão tarde, de tão dolorosa ferida,
Sinto tristezas em forma de mortes, me roem sem dó o corpo,
Penetrantes elos de loucura roendo assim também a vida...
Me apercebi tão tarde, oh! se me apercebi,
Julgado fui como réu, por tentar viver contigo,
Condenado eternamente a lembrar que não sei viver sem ti...
Paulo Alves