Sonetos : 

SONETO AO AMOR

 


Meu amor não tem distância, minha alma é pura,
Meu coração é solene, como tudo o que fenece
E se torna em tortura, e logo se desvanece.
Meu sonho vai mais além, minha tez é impura,

E eu vivo torturado além de mim e da minha cura.
Sou como o mar à beira praia, onde se esquece
A areia que é dela, e nela é querida e arrefece.
Minha vontade não tem preço, meu ser perdura

Com a força dos braços, que não permanece.
Minha carne não cede, minha mente é demente
E eu sigo apaixonado como tudo o que consente.

Meus músculos retesados, meu sangue que esquece,
Minha boca de cerejas, minha fruta permanente,
Traz-me aqui o amor, assim, num repente.


Jorge Humberto
22/02/07

 
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jorgehumberto
 
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Enviado por Tópico
PedroLopes
Publicado: 22/02/2007 22:35  Atualizado: 22/02/2007 22:35
Colaborador
Usuário desde: 02/11/2006
Localidade: Montargil-Ponte de Sor
Mensagens: 703
 Re: SONETO AO AMOR
Caro poeta este soneto está magnifco.. lindos versos onde o Amor reina. parabéns poeta. Abraços.

Enviado por Tópico
Poetryflow
Publicado: 23/02/2007 00:07  Atualizado: 23/02/2007 00:07
Super Participativo
Usuário desde: 13/02/2007
Localidade: Lisboa
Mensagens: 100
 Re: SONETO AO AMOR
Esse amor que tudo consente e tudo sente, mesmo que esse sentimento seja considerado demente. Está lindo. Parabéns.

Enviado por Tópico
Valdevinoxis
Publicado: 23/02/2007 10:46  Atualizado: 23/02/2007 10:46
Administrador
Usuário desde: 27/10/2006
Localidade: Aguiar, Viana do Alentejo
Mensagens: 2118
 Re: SONETO AO AMOR
Um texto que nos segura na leitura. Gostei.

Valdevinoxis

Enviado por Tópico
TranquilaMaria
Publicado: 07/01/2009 00:40  Atualizado: 07/01/2009 00:40
Muito Participativo
Usuário desde: 14/10/2008
Localidade:
Mensagens: 50
 Re: SONETO AO AMOR
O amor é assim, mesmo...
Faz-nos soltar as palavras, no momento certo...
Gostei, parabéns.