Depois de me ter refeito da lágrima, que tolhia
minha garganta, ante imagens sem explicação…
Depois de golpear meu peito e perdoar o assassino,
que ceifou a vida de Rachel, sem sinal de comoção…
Depois de engrandecer, a coragem dessa jovem,
que morreu, assim lutando pelos seus ideais…
Depois do horror, que meus olhos presenciaram,
da jovem sentada pacificamente, contra actos brutais…
(Àqueles que não têm voz e são expropriados,
de seus poucos bens, por causa da vil religião) …
Depois de ver Rachel, sendo esmagada pela máquina,
sem que a ninguém venha a voz da razão…
Depois de tudo isso, fica em nós o estremo vazio
e a incompreensão, que nos tolhe todos os sentidos.
Então, Rachel, tua luta, não foi em vão,
que a todos ensinaste as palavras: não seremos vencidos!
Jorge Humberto
07/06/08