Rastejo na manta morta, em Húmus,
Detritos do outrora vivo,
Cadáver agora…
Passo por cima de mim mesmo,
Atropelo o meu inexistente futuro…
Sou um pequeno verme,
Que corrói,
Destrói,
Um parasita…
Reles, necrófago,
Apenas com coragem de atacar o que está morto,
Tudo à minha volta é morto,
Encarrego-me de tudo fazer desaparecer…
Sou tão mórbido e grotesco…
Paralisei… e de bicho tornei-me vegetal…