Peço licença ao Luso-Poemas, Poetas, Poetisas e leitores do site, para ocupar este precioso espaço e nele divulgar, principalmente àqueles que não tiveram a oportunidade de ler a página de Patrícia Kogut no Globo On-Line desta sexta-feira (06/06), o texto no qual a brilhante jornalista Fátima Bernardes (âncora do Jornal Nacional) faz um alerta a todas as mulheres de uma forma ampla, geral e irrestrita. Devendo o referido texto ser usado pela classe masculina para orientar suas esposas, filhas, irmãs, mães, companheiras e amigas de uma forma, também, ampla, geral e irrestrita. O texto de Fátima foi escrito após a jornalista ter se submetido a uma cirurgia para extração de dutos mamários no seio esquerdo. Saúde é coisa séria, amigos. Segue o texto na íntegra:
"Uma das características mais fascinantes da profissão de jornalista é que a gente passa a vida toda aprendendo. Nos últimos dias, o que aprendi a respeito de saúde da mulher foi muito surpreendente. Por isso me sinto na obrigação de dividir isso com todas as pessoas que souberam da cirurgia a que eu fui submetida - e que se preocuparam comigo. A todas essas pessoas, deixo meu agradecimento sincero. E este alerta.
Na noite de 20 de maio, uma terça-feira, ao me preparar para dormir, notei uma manchinha quase transparente no sutiã - exatamente na direção do mamilo esquerdo. Era a quantidade de uma gotinha, não mais do que isso. Fiquei preocupada e liguei imediatamente para a minha ginecologista. Ainda bem.
A médica marcou uma consulta para o dia seguinte bem cedinho. Ela me examinou e explicou que aquele tipo de secreção podia ser absolutamente inofensivo. Mas também podia ser sinal até mesmo de um tumor. Foi um susto pra mim, porque imaginava que o tom clarinho da mancha seria um dado tranqüilizador. Ela me explicou que, no meu caso, era muito provável que fosse apenas algo ligado a uma dilatação dos dutos mamários, sem maiores conseqüências, porque, afinal, faço regularmente o auto-exame das mamas e meus exames periódicos tinham sido realizados há menos de 3 meses, com resultados normais.
Mas, ainda assim, minha médica me disse que qualquer secreção expelida pela mama deve ser um sinal de alerta. Clarinha ou não, com sangue ou não, o sintoma precisa ser investigado. E foi o que fizemos no mesmo dia.
Fui encaminhada a um especialista em ultra-sonografia, que notou a dilatação ductal (é este o nome do problema). No mesmo dia, quarta-feira, saí do ultra-som já com hora marcada num mastologista. O médico me examinou, avaliou todos os meus exames e me pediu outros tantos. Exames de sangue, ressonância magnética.
Na semana seguinte, já com os esses dados, o mastologista me explicou que tudo indicava se tratar de um problema benigno. Que havia uma multiplicação de células nos dutos, mas células "típicas". Isso é bom. Significa que as células não apresentavam anomalia nenhuma - e que esta é uma característica sinalizadora de benignidade. Mas o médico me explicou que, pelo sim pelo não, a indicação, em casos assim, é de extração dos dutos mamários para a análise patológica e para evitar futuras inflamações recorrentes na mama. E fui encaminhada ao meu clínico, que conduziu os exames de risco cirúrgico, sempre necessários antes de uma operação.
Na última quarta-feira, dia 4, em questão de 90 minutos, o médico extraiu os dutos mamários e o cirurgião plástico se encarregou de evitar que a mama ficasse com alguma seqüela estética. Voltei para casa no mesmo dia com um curativo - e a recomendação de evitar movimentos laterais com o braço esquerdo. Repouso e cuidado foram os conselhos básicos - que tenho cumprido religiosamente desde então. Já na noite da quinta-feira,dia 5, o resultado do exame patológico assegurou que o problema era benigno. Foi tudo muito rápido, preciso e oportuno.
Hoje, enquanto dito essas palavras (estou proibida de me aproximar do teclado do computador pelo menos até a próxima terça...), vejo como é importante que estejamos atentas o tempo todo. Acho que nunca mais em minha vida vou deixar de dar uma espiada mais cuidadosa no sutiã, no fim do dia. Sinto uma gratidão e um respeito muito grande por todos os profissionais que me atenderam com tanto profissionalismo nesses dias. E sinto, também, que era meu dever deixar um alerta a todas as mulheres sobre mais esta informação preciosa para a nossa saúde.
Obrigada, mais uma vez, pelo carinho de todos. E até a semana que vem".
Caso seja do seu interesse, aqui está o link da matéria
http://oglobo.globo.com/cultura/kogut ... rdes&cod_Post=106766&a=12
Complemento esta postagem com o texto a seguir:
O câncer de mama é um mal que aflige as mulheres nos dias atuais. O crescimento do número de diagnósticos precoces, incentivados por campanhas, causou elevação nos índices da doença. Com isso, mais mulheres descobrem o câncer de mama, mas de maneira rápida e com mais chances de cura.
Esse aumento no número de casos está relacionado a uma série de fatores. Entre eles, a exposição prolongada da mulher aos hormônios femininos, estrógeno e progesterona. Eles fazem a manutenção das atividades das células dos dutos mamários, promovendo seu crescimento e produção de leite. A ação constante desses hormônios sobre as glândulas mamárias causa estímulos intensos, que podem desencadear alterações em células e, conseqüentemente, um crescimento desordenado, responsável pela presença do câncer.
A ação prolongada desses hormônios na mama é relacionada ao maior número de menstruações que as mulheres têm durante toda a vida. Antigamente, as mulheres menstruavam mais tarde, engravidavam várias vezes e a menopausa chegava mais precocemente. A mulher moderna menstrua cada dia mais cedo e a gravidez, quando ocorre, é tardia, já que ela prioriza a vida profissional e a estabilidade financeira. Além disso, cada vez mais mulheres (ou casais) optam em ter apenas um ou dois filhos.
A menopausa também tem freqüentemente sido retardada. Esse conjunto de fatores faz com que a mulher fique muito mais vulnerável às variações hormonais características do período menstrual.
O fator genético não pode ser descartado, apesar de corresponder a cerca de 1 a 10% do número de casos. Vale lembrar que mulheres, cuja família apresenta muitos históricos relacionados ao câncer de mama, esses riscos aumentam consideravelmente, podendo chegar a até 70%. Por isso, a importância em se descobrir precocemente se a família apresenta algum gene defeituoso para que seja feito o aconselhamento genético.
Recentes estudos têm apontado a relação entre câncer de mama e uma alimentação rica em gordura saturada, a obesidade e vida sedentária. Ou seja, são fatores considerados ambientais, por estarem diretamente relacionados ao estilo de vida. Uma mulher obesa produz mais hormônios femininos, já que os tecidos gordurosos possuem enzimas que transformam o colesterol em hormônios. Já uma mulher com hábitos de vida mais saudáveis, consumindo baixos teores de gordura saturada e fazendo ginástica regularmente, terá menos riscos de câncer de mama.
Hábitos saudáveis e consumo de alimentos com baixos teores de gordura saturada são passos importantes para quem busca saúde. A soja é apontada como um dos principais alimentos de quem se preocupa com saúde, nutrição e beleza associados. Ela possui composição nutricional privilegiada porque é rica em proteína de alta qualidade, fibras, prebióticos e gordura de boa qualidade, com teores muito baixos de gordura saturada e rica em gordura poliinsaturada e ácidos graxos essenciais.
Além disso, existe um componente essencial da soja que nos protege contra o câncer de mama. As isoflavonas, compostos fitoquímicos presentes no grão de soja, também conhecidos como fitoestrógenos, apresentam estrutura química similar ao hormônio feminino.
Por esse motivo, os pesquisadores encontraram ainda na década de 90, através de um estudo conduzido pela Sociedade Americana de Câncer, números muito diferentes na taxa de mortalidade, quando comparada à população americana e britânica com uma população asiática, como a japonesa. São três exemplos de países altamente desenvolvidos e, portanto, a condição sócio-econômica torna-se similar. Mas seus hábitos de vida, especialmente a alimentação, são muito diferentes.
A população ocidental representada, nesse caso, por EUA e Inglaterra, são conhecidos por consumirem um alto teor de gordura saturada, proveniente principalmente do alto consumo de carnes e seus derivados. A população oriental, por outro lado, consome desde a infância e de forma regular a soja, nas mais variadas formas. Dessa forma, observou-se uma taxa de mortalidade três a quatro vezes maiores entre a população ocidental, comparativamente a oriental.
Os pesquisadores dedicaram atenção às pesquisas relacionadas à soja e descobriram que através de vários de seus componentes consegue proteger o organismo humano de vários tipos de câncer, como o de mama, próstata e de cólon.
Mas, voltando ao câncer de mama, os mecanismos pelos quais a soja pode ajudar na redução dos riscos ainda não foram totalmente esclarecidos, mas seus resultados positivos têm animado os pesquisadores e são passíveis de comprovação em muito pouco tempo.
Como a mulher está mais exposta às ações do estrógeno em seu organismo, já que encontram-se circulando por tempo prolongado. Esse hormônio precisa se ligar a receptores, especialmente encontrados na mama e no endométrio. Quando esses hormônios estão em altos níveis na circulação, as isoflavonas da soja, que também se ligam a esses receptores devido a sua similaridade, apresentam uma ação “anti-estrogênica”, ou seja, elas competem com o estrógeno pela ligação ao receptor e essa tem sido uma das explicações para o apoio das isoflavonas na redução do risco de câncer de mama. As mulheres asiáticas consomem diariamente 30 a 80mg de isoflavonas ao dia, enquanto a americana não ultrapassa 3 mg/dia.
Existem outras possíveis explicações sobre a relação entre isoflavonas e menor risco de câncer, como, por exemplo, a potente ação antioxidante das isoflavonas, contribuindo para a proteção do nosso organismo, ao neutralizar ações de oxidação dos radicais livres. As isoflavonas também apresentam ação anticarcinogênica, inibindo uma série de enzimas relacionadas a crescimento de tumores e para finalizar, sua ação antiproliferativa contribui para a redução do crescimento do tumor, ao inibir o crescimento de células.
As pesquisas também indicam a importância do consumo da soja na forma integral. Isso preserva todos os seus nutrientes, que separadamente oferecem vantagens à saúde, e promove ação sinérgica entre eles, uns potencializando os outros. Por isso, é importante saber o que se está consumindo, pois a maioria dos produtos com soja no mercado apresentam apenas partes de seus nutrientes, sendo que muitos deles são perdidos durante o processamento.
Outro ponto de fundamental importância é a relação entre tempo e quantidade. Nem sempre é possível atingir altas doses de isoflavonas através da alimentação e, por isso, o tempo de exposição aos fitoestrógenos pode ser de extrema importância na determinação de seus efeitos quimiopreventivos. A recomendação é que se consuma soja o mais precocemente possível, até mesmo a partir da adolescência, ou entre 20 e 25 anos. Isso garante mais resultados do que iniciar o consumo em uma idade mais avançada. A regularidade também faz parte de quem quer aproveitar os benefícios da soja. Estudos mostraram que mulheres asiáticas que imigram para países ocidentais e adotam seus hábitos de vida, reduzindo o consumo diário de soja, passam a ter os mesmos riscos da mulher ocidental.
Além de consumir soja para a redução do câncer de mama, esse alimento e seus nutrientes são capazes de proteger contra outras doenças que afetam o universo feminino e, por isso, a sua incorporação aos hábitos alimentares será cercada de benefícios para a sua saúde.
Prevenindo o câncer de mama, Soyos Woman Care:
* Reduza o consumo de gordura saturada encontrada em alimentos de origem animal como as carnes e seus derivados, manteiga, margarina, leite integral, entre outros.
* Busque hábitos de vida que contribuam para a redução de peso, como fazer ginástica regularmente, no mínimo três vezes por semana.
* Visite seu ginecologista regularmente e faça o auto-exame de acordo com as orientações de seu médico.
* A mamografia está indicada a cada dois anos para mulheres acima dos 40 anos e anual a partir dos 50 anos.
* Consuma alimentos saudáveis regularmente.
Fonte:
http://cristianaarcangeli.terra.com.b ... 1&id=2170&id_categoria=84
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.