Eu sou o tudo e o nada
o principio, o meio e o fim
Eu sou os braços do pescador
a fímbria do que ainda não vi
Eu sou a luz da aurora
o mar e as ondas da praia
E eu sou a força do Homem
a palavra, a roda da saia
E eu sou a mulher que sofre
e o grito do desgraçado
Eu sou a criança que chora
o livro, o verso e o legado
Eu sou a morte e a vida
as águas de todos os rios
E eu sou o grande exilado
e da espinha os calafrios
E eu sou toda a natureza
e o animal enjaulado
Eu sou o suspiro do velho
que vive olvidado
E eu sou o precipício
o começo de uma nova atitude
Eu sou a vela apagada
e a força de toda a juventude
E também sou aquele que ama
em todo o seu esplendor
Porque eu sou o solo e a raiz
do meu grande amor
Jorge Humberto
05/06/08