Exausto, quase me exaurindo, sentei-me numa esquina em um canto entre duas vias públicas, me prostando, ofegante, pelos entreveros da minha difícil vida perambulante no entremeio das hipóteses, a mim apresentadas, pelos ensinamentos recebidos dos meus companheiros de jornada, os quais, em sua maioria, fugiam da analogia do ponderável, indo em direção do forcejamento do concretamento aceitável, porém, sem a coerência racional e, sim, com a coerção da aceitação, sem a oposição de minha parte, por estar, ainda, sem argumentos para refutar!
Quedado, naquela esquina, passei a dialogar, mentalmente, comigo mesmo, notando que, dessa forma, não havia a oposição nem ensino no meu diálogo, portanto, estava completamente a sós e, poderia diversificar os meus pensamentos, sem a influência externa, assim, passei a matutar:
—Nem as Retas são os caminhos mais viáveis e, curtos para alcançar algo, pois, Ela, sendo íngreme, nos causará maiores delongas do que as Vias planas, porém, mais longas.
—O Horizonte acessível aos nossos pensamentos e linha de vizada, sempre se descortina além, nos exemplificando de que não devemos parar ao final ilusório Dele.
—A Esquina, onde me postei, é um ponto de encontro de duas vias públicas urbana, todavia, no meu pensamento, se transformou em uma cunha ou, canto exterior, do Bem e do Mal que, pelas suas diferenças de resultantes, não podendo se unir, ficou ladeando à minha Esquina!
É isso! Nós sempre temos a oportunidade de escolher os nossos caminhos, porém, antes da escolha, somos uma Cunha divisória entre o Bom e o Mau a assimilar tudo, dependendo da nossa escolha! Pouco vale os assédios, reclames, chamamentos, coerção, influências etc. Todo o valor meritório de tal escolha se encontra em nós mesmos.
Se soubermos efetuar a escolha entre o Bem e o Mal, certamente, viveremos no apogeu da felicidade, em contrapartida, escolhendo o Mal, estaremos nos aprofundando em suas regalias efêmeras e aparentes, porém, pouco tempo depois, veremos o nosso apogeu se desintegrar, nos projetando nos abismos existenciais, sem nenhuma via de retorno fácil, pois, até para nos regenerarmos, o trajeto é mais longo, difícil e, desabonado com o nosso passado de entrevero, resultante da má escolha ocorrida antes do nosso arrependimento.
Resta uma explicação da minha explanação, até aqui feita, que é a seguinte: Para começarmos a escolher entre tais vias, é primordial sabermos destrinchar Delas as arestas imprestáveis e inidôneas, tais como:
- Origem moral sem falcatruas e maus conselhos.
- Pesquisar a utilidade crível e real das informações recebidas, as desprezando se não forem para o Bem comum.
- Dispensar os oferecimentos das benesses ilusórias, se não tivermos o merecimento real Delas.
- Nunca procurar a “porta estreita” e o caminho fácil e amplo, se não tivermos a convicção plena das conseqüências, resultantes na passagem e/ou, trajeto, para os Portais da honestidade e felicidade vindoura.
- Sempre avaliar e analisar o que nos anunciam e oferecem, visando a concretização final da resultante do oferecimento gratuito, tendo a claridade! Ao passo que, o Bem sempre será devassável e fulgurante, não permitindo a mescla a Ele, da fuligem maléfica expedida pelo Mal.
Em suma, o nosso Criador nos deu a inteligência e o livre-arbítrio, justamente, para que possamos digladiar, usando a mente e, não, a Espada, contra os malefícios ao nosso derredor, eliminando, assim, os nossos algozes que, sub-repticiamente, nos tenta convencer a segui-los nas suas pompas fictícias que, ao final, os levarão aos abismos inexoráveis, onde, só “haverá choros e rangeres de dentes!”
É o que penso e, procuro seguir!
Sebastião Antônio Baracho
conanbaracho@uol.com.br
Fone: (31) 3846-6567
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