Encontro mil desejos ao sentir o céu,
Linhas por entre nuvens que me falam ao ouvido,
E tento sempre ver o meu caminho,
Algo que não sei olhar mas que vejo sentindo.
Sigo caminhos desenhados por Deus,
Mas ora pintados por mim.
Não acredito em destinos,
nem tão pouco em estradas sem fim.
Como um poeta com dedos calmos,
Confio no papel com o corpo apaixonado,
E lembro sentimentos que me levam ao pecado,
Algo que acende como a aura de um anjo alado.
Por muita vezes a minha intenção não foi ouvida,
Lutei então para igualar a voz ao que escrevia,
Parei, descansei e ao setimo dia,
Vi o renascer de tudo o que já sentira.
Jogo com as palavras pela noite fora, e sem demora,
Gravo as minhas ideias apresionadas na memória.
Descrevo sensações com noções e lágrimas emotivas,
Escondidas, ligadas a emoções presenteadas com as vontades líricas.
Escolho as cores da minha vida que pinto com os dedos,
Sinto-me forte como 1000 rochedos,
Por isso, dou-me ao luxo de contar todos os meus segredos,
Construindo labirintos com telas e por elas caminhando sem medos.
Michel Carvalho