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A BRUMA NA CIDADE

 
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A BRUMA NA CIDADE

Estaremos irremediavelmente sós
Se a bruma não sair da Cidade
Velhos, e operários gritarão a uma voz
Que à injustiça, chegou a dignidade

E tantos ficarão mais felizes
Pela boa nova extraordinária
Não mais acontecerá deslizes
Daqueles da ordem sumptuária

E o esqueleto do trabalhador incorrupto
Jamais terá sua pele suja e enrugada
Das maldades dum patrão bruto
Que lhe paga a miséria chorada

Serão novos ventos de liberdade
Que lhe vai moldar o fraco ganha pão
Enganam-se, se acreditam na sinceridade
Do político que mente a seu irmão

Choremos, pobres choremos
Das vil mentiras que são prometidas
Porque decerto só comeremos
As migalhas no chão perdidas

Os operários à velha bigorna voltarão
Com a mesma ansiedade escondida
No ferro, a sua raiva baterão
Por causa da gloria mentida

E a bruma na cidade ficará
Como um pesadelo conquistado
O mal de senhores o mundo julgará
Por alguém nascido predestinado

Ao velho, a dor rasgará o ventre
Porque ainda acreditou na mudança
E o irmão operário, em união sente
A voz que apela por vingança

De volta à grossa turbina
Os operário não calam a revolta
Monta cavalos alados sem crina
P’ra correr num grito que se solta

De: Fernando ramos


 
Autor
FernandoRamos
 
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Enviado por Tópico
Tânia Mara Camargo
Publicado: 05/06/2008 16:04  Atualizado: 05/06/2008 16:04
Colaborador
Usuário desde: 11/09/2007
Localidade:
Mensagens: 4246
 Re: A BRUMA NA CIDADE
UM POEMA SOCIAL DE GRANDES VERDADES, PARABÉNS!

Enviado por Tópico
Fhatima
Publicado: 05/06/2008 19:24  Atualizado: 05/06/2008 19:24
Membro de honra
Usuário desde: 12/02/2008
Localidade: Joinville - SC
Mensagens: 3336
 Re: A BRUMA NA CIDADE
Olá Fernando!
Poema muito bem delineado e reflete toda a dureza do capitalismo usado contra o mísero empregado, tua poesia situa a preocupação com o social!
Parabéns!
Fhatima