O mar quebra-se
Em silêncios,
As ondas, insistem
Em quase não beijarem a areia,
Vãos suplicios...
Navego em sua calmaria,
Sem destino ou rumo certo,
O tempo divide-se
Em concretas horas,
Que em concreto,
Por voltas são pressantes,
Por vezes morosas,
Só de pensar...
Entardece,
Em impeto profundo,
Urgente em sentido,
Busco em ti amor, respostas,
Intento louco e vão...
Anoitece,
E não te encontro,
Perdido de ti, sem a fé
Que outrora te eternizou,
Te fez DEUSA entre as mulheres
No meu mundo...
Vi em ti, além de mais,
Além de tudo PRINCIPIO e FIM...
Hoje, o peito lascerado,
Conta nostalgicas histórias,
Que manteem enfim,
O coração quase parado
Nas tristes memórias...
Tudo digo na voz de mudo
A que me entrego em silêncios,
Penetrantes ecos
Que rasgam ainda mais o peito
Em busca de alcançarem vida...
Delirantes minhas asas
Perdidas de mim,
Tentaram desenhar nos céus
O repor dos sonhos em brasas...
Que ilusão!!!
No fim...
Ao amanhecer,
A ideia de te amar,
Sem nada de ti saber,
Pela ausência contante
De respostas,
É como querer beber
Tentando matar a sede
Com água salgada do mar...
Lembro ainda do dia,
Afastado do tempo
Em que o tempo não pesava,
E via em ti
PRINCIPIO E FIM
De tudo!!!
Paulo Alves