A solidão é uma quimera
a desafia a ilusão
que nos faz perseguir sonhos
Atrás de uma ilusão.
Se desfaz como a fumaça do cigarro
Atrapalha nossa direção
Faz sentir, lembrar tão somente
Que ainda temos um coração.
Percebe, nesta solidão, o quanto juntos
estamos sozinhos
Vê que nos detalhes, se desfaz a criação
Criação da mente absurda que reluta com a emoção.
Sentir faz bem e mal
num dueto preto e branco circular
Que um não vive sem o outro
não importa o quanto lute para acabar.
Queria eu gritar aos quatro ventos
Que tão preso estou nesta angústia
No dilema do tempo sem sentido
Que dinheiro, amor e razão nunca irão se encontrar.
Será? Será pois tão espetacular
Que a busca é incessante para você ou para mim?
Será que um dia, meu Deus,
você olhará para mim?
Queria gritar aos quatro ventos o quanto a amo
Seja como filho ou na paixão, simplesmente falar
Pois os dois caminha juntos, lado a lado
por um fio, com a solidão
É tão estranho ser assim
Distante, introspectivo em mim
Mas não sei por onde começar
pois não sei o que quero e não tenho como parar.
As vezes acho que não vai dar pé
Que fugir, sumir é a solução que Ele quer
Mas no fundo sei que o problema é só um
E que mora na discórdia entre amor e razão.
Por que dói tanto perseguir
Aquilo que está por vir (será?)
Otimismo é o mal ou o degrau para satisfação?
Ainda assim, caminha junto à solidão.
Só resta saber afinal, se é o degrau acima
ou abaixo, assim como saber quem manda
A cabeça ou o coração
Só sei que não agüento mais
é viver, nesta tamanha solidão.
Oh ego Laevus!