Estas horas mortas, paradas no silêncio de cada suspiro,
Fazem ver aos olhos cansados o aumentar do desalento,
Em busca da fé inalo o ar, como último respiro...
Cresce em mim o tédio, pálido, sombrio me desperto,
Preces de agonias entoam trevas ao ouvido,
Como um sonho trágico caído no peito aberto...
Horas mortas, a tristeza é já mais alegre e quase seduz,
Carrego na esbelta alma desenhos de amor, como manto
Dourado que esconde a sombra negra de tão pesada cruz...
A VIDA!!!
Paulo Alves