Roço os teus olhos com o meu olhar!
E tua barba roça meu ventre...
No carinho d'alma, no ardoroso poente!
Explodes em mim com teu interminável amar!
E carícias perfazes em vis seqüestros...
Que nada têm de pavor, mas de emoção!
No meu ouvido vulnerável unção,
Do mel que escorre do teu amplexo!
Roça-me como planta delgada e vazia!
Pra receber de ti a redenção...
E oro fugaz no calor da alquimia...
O meu instinto tatuou teu coração!
Numa força voraz. tu e eu somos sinos
Que soam furtivos em suave canção!
(Ledalge, TU E EU)
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende." (Guimarães Rosa)