Sonetos : 

EXPURGO

 
Tags:  rio    estio    trajeto    crivo  
 
Que rio é esse que desemboca caudaloso
E turva a água do meu mar límpido e calmo?
Arrasta tudo em seu fluxo, palmo a palmo
E vem com força num expurgo vigoroso.

Já vêm descendo à montante desse rio
Meus desvarios na espuma da enchente,
Leva consigo tanta coisa, tanta gente
E agora rompe, divergente do estio.

E eu fico limpo depois qu’esse rio passa
Mesmo enxergando seu trajeto destruído
Uma nesga d’esperança me perpassa,

Pois na verdade muito mais me sinto vivo
E há em mim tanta leveza, tanta graça;
O rio passa e eu me safo do teu crivo.


Frederico Salvo.



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FredericoSalvo
 
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Enviado por Tópico
jessé barbosa de oli
Publicado: 01/06/2008 14:19  Atualizado: 01/06/2008 14:19
Da casa!
Usuário desde: 03/12/2007
Localidade: SALVADOR, Bahia
Mensagens: 334
 Re: EXPURGO
um revelador poema autobiográfico:
epifânico no que diz respeito
á sua têmpera.