À CHUVA
Fico parado sem sentir o tempo
E a chuva cai em meu corpo envelhecido
Alguém para mim olha e eu não sinto
O que importa mesmo é o momento
Que ao frio da agua, me dá um arrepio
Que não lamento
Fazendo-me recordar tempos idos
Da minha meninice
E a chuva atrevida vai em queda
Sem cessar, sem cessar
Passando por meu corpo
Como um acto divino da natureza
De: Fernando Ramos