Lá fora o sol mostra-se com o seu reverdecer,
As pessoas saem à rua alegres e descontraídas,
E há na génese humana um novo alvorecer,
Com que estas se mostram ao mundo e à vida.
As flores brotam do chão como botões
E os pássaros andam numa revoada contente,
Parece que o mundo é todo feito de balões,
Nas mãos de uma criança, enfim, indiferente.
As andorinhas saem de seus ninhos protectores,
Onde passaram a noite aconchegadas,
E as árvores à brisa com seus leves tremores,
Captam os raios do astro rei sem pedir licença.
É a primavera que se anuncia nas madrugadas,
De um novo ser e há sua indómita pertença.
Jorge Humberto
20/02/07