Vem, vem de mansinho…Não despertes os pintos que os ovos há muito se poderiam ter quebrado na tua indiferença.
Segreda-me pela boca das mãos os teus ocultos sentires.
Cobre-me de pétalas de rosas e amacia-me a dor com palavras doces.
Rompe o barulho da minha mente inquieta. Penetra o silêncio da noite e faz-te verdade.
Murmura que o passado já foi delas, o presente é nosso e o futuro jamais regressará.
Fecha os meus olhos que são de rio buscando um porto para atracar, e percorre carinhosamente meu corpo sem rodeios. Tatua de certezas o mar e atira pedras ao charco, mas fá-lo! Palpitarei crepitante nesse regressar.