Um brilho reluzente
Traça no vento
A alegria do metal.
Baixa o sabre.
Ouve o caminho.
Não vês o ermo a vibrar de vida
Junto ao lago do ocaso pedido.
Não chores nem corras
Sorri, o pior virá depois
Mas não jure sobre o que pensas ser teu.
Baixa a espada.
Tira a mascara desse teu kendo.
Respira o silêncio
Inspira fundo a perda da consciência
Na loucura do adeus da solidão.
Baixa o arco
E vem ter comigo
Pelo caminho do folgo
Do oásis da paz.
Guarda o punhal
E ouve o que te digo
Há outros caminhos
Que a prece te vai guiar.
Descansa guerreiro
Que o dia da batalha está para breve
E os corvos se preparam para o banquete.
Repousa os sentidos
Nos rios de seda escura
Junto aos montes marinhos afrodisíacos.
Relaxa ao som da luz
O guarda-rios voou
Sobre o arrozal da paz.
Amanhã regressarás à realidade destorcida.
Com a tua armadura ancestral
A proteger o teu pensamento.
P de BATISTA