Sozinho sentado, sem ninguém de mão dada, quebra-se o tempo,
E lá vou eu, mais uma vez, chorar bem fechado um desejo tão intenso.
Sem ti a meu lado, vejo-me a perder, pela imaginação, e é só ficção,
Quando sei que me amas, quando te vejo, mas então,
Uma vez mais, volto ao meu mundo, o tempo volta e uma lágrima cai.
Não sei o que mais possa dizer.
Eu não sei o que mais possa fazer.
Eu não sei...Não sei...
Não sei o que posso ou não querer.
Sinto o fogo, que me queima, como se dentro de mim morasse o inferno,
Este calor que me enlouquece, só vai embora com esse teu Inverno,
Esse teu frio, que me devora e refresca
Vem agora, comigo, entra na minha realidade
E talvez um dia, contigo, eu possa voltar a confiar na verdade,
No amor, e expulsar as mentiras que rodeiam a minha felicidade.
Não sei o que mais possa dizer.
Eu não sei o que mais possa fazer.
Eu não sei...Não sei...
Não sei o que posso ou não querer.
Uma estrela cadente eu vejo lá em cima, faço um pedido, e espero
Que me traga o que pedi, mas será que me ouviu agora que desapareceu?
A sua cor era minha favorita, era a cor da tua pele, do teu olhar,
Tinha a cor do céu azul e da noite negra, e ate da lua cheia, continha o brilhar.
Um mágico momento, um segundo de ilusão, quero a verdade e também esta sensação!
Não sei o que mais possa dizer.
Eu não sei o que mais possa fazer.
Eu não sei...Não sei...
Não sei o que posso ou não querer.
Mais uma pagina foi virada, e nas linhas mais perfeitas estas tu gravada,
Uma oportunidade falhada de te descrever, pois é impossível te definir,
Te conhecer, há tanto de ti que quero saber, que quero aprender.
La vai mais um ponto final, mas continuas em cena e a história continua,
Este conto de fadas que escrevo, é a verdade que tanto peço, nua e crua.
Eu não sei...Não sei...
Diz-me...que te posso conquistar...
Deixa-me sonhar e viver para te amar...
Mas eu não sei...
Michel Carvalho