DEIXEM-NO RIR
Ao final da tarde
Quando o sol vai de abalada
Dá um prazer danado
Escutar algumas pérolas
De Jorge Palma
Nesse doce entardecer
A melodia entra sem bater
Sem precisar de se anunciar
Numa rádio qualquer
O artista deambula seu gozo
E vai dizendo a alma poeta
Só como ele a espreita
É assim a velha estrada
De sua musica aromática
Que ao piano, ou à guitarra
Mostra a raça e o coração
Em teimosos poemas
Ao amor, e á vida
Vai suplicando pelos dedos
Num teclado de piano
Para o deixarem rir
Na voz que engrandece os génios
Tocando e escrevendo
O que nós ouvimos como
Uma perpétua sinfonia
Que passa por toda a existência
A nossa existência
E ao som de pura liberdade
De compor
Vai soluçando magia
No melhor que pode oferecer
Como se fosse um fetiche
De emoções dentro de sonhos
Que se vão ouvir e ler
Através dos tempos
E ele num espirito de saudade
Vai suplicando arduamente
Para o deixarem rir
De: Fernando Ramos